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PAULO AFONSO

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PAULO AFONSO

A CACHOEIRA

A história da Cachoeira de Paulo Afonso está ligada as primeiras expedições que penetraram no vale do São Francisco.

A origem do seu nome tem versões contraditórias. Algumas de sabor puramente popular e sem fundamentação histórica. Outras misturando as duas coisas e outra ainda - a aceita até hoje como a correta - baseada em dados históricos e registros encontrados em arquivos do Brasil e de Portugal.

Entre as versões populares há uma que fala da existência de dois frades, chamados Paulo e Afonso que, descendo o rio São Francisco em suas viagens de catequese tiveram a sua pequena embarcação engolida pelas quedas d'água da cachoeira. O nome Paulo Afonso seria uma homenagem a estes religiosos.

Outra conta da existência de um comerciante nas proximidades da Cachoeira, chamado Paulo Afonso. Os viajantes o tinham como referência em suas jornadas. Daí, diz-se, o nome da Cachoeira.

Há quem queira sustentar que o nome atual da Cachoeira vem de Paulo Afonso, um suposto integrante da comitiva de Martin Afonso de Souza que teria descoberto a Cachoeira em 1553.

De todas, a versão que mais tem merecido crédito, é a de que o nome da Cachoeira de Paulo Afonso deve-se a Paulo de Viveiros Afonso que recebeu uma sesmaria dentro da qual estavam as grandes quedas d'água.

A sesmaria lhe foi entregue pelo alvará de 03 de outubro de 1725 e só a partir desta data são encontrados registros nos arquivos do Brasil e de Portugal com referências a cachoeiras com o nome de Paulo Afonso, nesta região.

 

Até então as quedas d'água de Paulo Afonso eram conhecidas pelos nomes de "Sumidouro", "Cachoeira Grande" e "Forquilha".

A CIDADE

A história tem registrado através dos tempos que o trabalho decidido do homem construindo grandes obras modifica a paisagem, cria novos ambientes e gera o progresso onde antes havia apenas um curso natural de água, uma cascata e muito sol queimando a terra de chuvas raras.

A história da cidade de Paulo Afonso, encravada no sertão baiano não é diferente.

Cheia de heróis anônimos, rica em belezas naturais até então inexploradas, localizada numa região geográfica estratégica, limitando-se com três Estados brasileiros, Paulo Afonso surgiu desse trabalho nordestino, do braço forte do homem do sertão, acostumado à secas e sol ardente, habituado ao trabalho pesado e desgastante.

De mãos rudes, cheias de calos feitos pelos cabos de enxada, surgiu uma obra que modificou a paisagem, criou empregos, invadiu nove Estados brasileiros e proporciona hoje o progresso, a estabilidade econômica e social para milhões de pessoas em cada recanto do Nordeste brasileiro.

O que possuía a região?

Um rio majestoso - o São Francisco, e as quedas d'água de Paulo Afonso que mereciam versos de poetas como Castro Alves ou admiração do Imperador D. Pedro II.

Era um oásis implantado dentro da caatinga sertaneja, caminho, muitas vezes percorrido por Lampião, o rei do cangaço, seus cangaceiros e as milícias que andavam no seu encalço.

Um importante passo para a exploração econômica do potencial de Paulo Afonso foi dado em 1913 por Delmiro Gouveia que aqui instalou a Usina de Angiquinho e conseguiu energia elétrica para a sua Fábrica de Linha, instalada no Estado de Alagoas, 30 quilômetros abaixo da Cachoeira.

Mas, somente o início das obras da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF, em 15 de março de 1948 trouxe as levas de nordestinos que aqui se fixaram, primeiro timidamente, depois com confiança e hoje são mais de cem mil habitantes do município.

EMANCIPAÇÃO

Eram duas vilas que, embora longe uma da outra, possuíam características semelhantes.

Uma e outra surgiram para abrigar os trabalhadores das obras da Chesf, que já não cabiam no seu acampamento.

As duas vilas eram constituídas por humildes casebres sertanejos, de taipa e barro, forradas com sacos vazios do cimento usado na obra: Poti e Zebu.

No começo, Paulo Afonso era para os "cassacos" apenas o trampolim para a grande metrópole: São Paulo.

A incerteza de sua fixação na empresa cujo tamanho da obra desconheciam ou não faziam uma idéia real, motivou a construção desse tipo de habitação, os mais econômicos possíveis, e para isso valiam-se de sobra de materiais da obra como tábuas, ripas e os sacos vazios de cimento.

Com o crescimento do trabalho veio a segurança maior e novo aspecto foi ganhando cada um dos arruados.

A Vila Poti cresceu muito e a população do então distrito de Paulo Afonso chegou a ser muitas vezes maior do que a de sua sede, Santo Antonio da Glória.

Surgiram os movimentos políticos e fez-se forte a idéia da emancipação de Paulo Afonso.

Foram só dez anos entre o começo das obras da Chesf e a independência de Paulo Afonso do município de Glória.

Nessa época o Brasil vivia a grande vapor, a implantação da indústria pesada com o presidente Juscelino Kubitscheck promovendo o seu "plano das metas".

Corria o mês de julho de 1958 e o primeiro passo para a formação jurídico-administrativa de Paulo Afonso começara cinco anos antes, quando por força da Lei estadual nº 62, de 30 de dezembro de 1953, passava a Distrito de Glória.

Nesses últimos anos da década de 50, enquanto Juscelino promovia o "plano das metas", no Brasil, os Estados Unidos, no segundo mandato do Presidente Eisenhower (reeleito em 1956) amargava uma depressão econômica, enquanto intensificava o seu programa espacial.

A China criava as "comunas populares" e a coletivização total da indústria iniciava o seu primeiro plano qüinqüenal.

Na nossa Bahia, governava Antonio Balbino de Carvalho Filho, 32º governador desse Estado, desde a proclamação da República, escolhido em 1955 através de eleição direta.

Dia 28 de julho. As atenções dos políticos e moradores de Paulo Afonso estão voltadas para a Câmara Municipal de Santo Antonio da Glória.

No plenário, debates, apartes e questões de ordem. Na ordem do dia, o projeto de Lei do Vereador Abel Barbosa e Silva propondo a separação política de Paulo Afonso.

Várias vezes, no calor das discussões, madrugada adentro, parava-se tudo para socorrer o vereador Moisés Pereira que muito doente fez questão de estar presente na discussão dessa importante matéria.

No final dos debates o seu voto foi decisivo e completou o numero necessário para que Paulo Afonso tivesse vida própria.

A centenária cidade de Glória perdia assim um importante distrito que, com 1.018 km quadrados de área foi regulamentado pela Lei estadual nº 1.012, de 28 de julho de 1958.

A história de Paulo Afonso começou com o início das construções da Usina I da Chesf, em 15 de março de 1948.

Dez anos depois, 28 de julho de 1958, veio a emancipação.

Outros dez anos depois, o município passa a Área de Segurança Nacional, pela Lei Federal nº 5.449, de 06 de julho de l968.
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